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Lidar com o luto por um filho

Sáb, 30/12/2017 - 23:54
Psicologia
Inês Jesus1 offline

Boa noite,
O meu bébé morreu no dia em que fazia 8 meses. Asfixiou com o vómito na creche e não lhe conseguiram desobstruir as vias respiratórias eficazmente a tempo. Tenho o meu outro bebé para cuidar, o irmão gémeo, e tenho que continuar por ele. Mas todos os dias eu e o pai dos bebés temos momentos de nos irmos abaixo. Como lidar com o luto nesta situação?

Joana Prudêncio

Olá,

Gostava muito de lhe poder dar uma solução mágica que fizesse a dor desaparecer…infelizmente a única que existe é o tempo. Só o distanciar da perda poderá fazer com que doa um bocadinho menos até que consiga integrar no seu coração a ideia desta ausência. É preciso chorar muito, zangar-se e entristecer até conseguir encontrar um equilíbrio que lhe permita viver e não ir sobrevivendo.

É preciso uma força sobre-humana para se continuar a andar para a frente após a perda de um filho, principalmente quando tem que funcionar porque existe outra criança a precisar de si. Quando conseguirem, saiam de casa, façam uma viagem, saiam do ambiente em que ocorreu toda esta tragédia. Tentem abrir-se a outras áreas que não a parentalidade para que consigam, de vez em quando, respirar. Façam exercício, caminhadas, foquem-se em hobbies velhos ou novos, ou em estar com as pessoas que lhes querem bem e que possam ser capazes de perceber as vossas necessidades. Durmam. O estarem descansados irá ajudar a ter uma maior clareza de pensamento para lidar com os maus momentos. Vivam o vosso menino que lhes trará ainda tantas alegrias e tantas conquistas. E é muito importante que se oiçam e se apoiem nos vossos medos e desesperos para que também a vossa relação enquanto casal não sofra.

Acima de tudo, não forcem situações para as quais não estão preparados. O velho ditado "é preciso dar tempo ao tempo" é muito real. Cada luto tem o seu tempo e o seu espaço e vocês têm que viver o vosso de acordo com a vossa disponibilidade emocional.

O meu conselho é que fale pessoalmente com um psicólogo para vos dar algum suporte neste momento tão difícil de integrar.

Vão haver momentos bons e menos bons e qualquer dia há-de conseguir focar-se no que realmente é importante…o privilégio de ter conhecido, de ter passado todos aqueles momentos bons com o seu bebé que infelizmente desapareceu tão cedo. E aí encontrar alguma paz nesse canto escuro do seu coração.

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Skyflower offline

Bom dia Dra. É o seguinte. Há anos que sofro com dores nas costas constantes as quais sinceramente nem me queixei . Há um ano foi me diagnosticado lombalgia. Lordose. Disco pária degenerativa na lá s1. Hérnia de disco. Há um mês intensificou se com um espasmo na coluna.. na segunda feira fui surpreendida por um espasmo com muita dor.quando me levantei da cama. Liguei para o hospital e mandaram me passar lá. Os exames de sangue estavam bem. Pela manhã notei desinteresse por parte médica e uma insinuação de que eu não tinha absolutamente nada. Decidi voltar para casa pois achei que tomar analgésicos que não melhoraram lá ou em casa seria o mesmo. Meu marido falou com os médicos e disse que tínhamos discussões entre o casal. Tomaram o meu caso como psicológico. Ontem fui ao médico de família que me tratou desrespeitadamente. Não me subscreve a um neurologista. Não me fazem exames raio x. Ressonância magnética. No entender dele tudo não passou de uma simulação minha. Ainda acrescentou que a doença de crohn que o meu marido tem é psicológica.
A minha pergunta é : é possível o meu problema de saúde ser do foro psíquico?
Obrigada

Ter, 29/07/2014 - 22:25
Psicologia
offline

Boa noite,

acho que estou a ficar com depressão na gravidez. Estou com 32 semanas e há uns tempos para cá comecei com crises de choro fácil quando falo de assuntos que um dia me trouxeram problemas que tive de pedir apoio psicologico mas que passaram com uma valeriana. Agora ando com medos, ansiedades e tem dias que so me apetece chorar. Falei com meu médico de familia mas diz que não me pode dar nada que tenho que ultrapassar. Se falo com alguém ca em casa desses medos vão ficar pior que eu e em vez de me ajudar vai ser o caos. De repente tenho medo de ter complicações no parto e não sobreviver. Para ajudar uma prima teve um parto muito complicado ha 15 dias esteve mesmo a morrer devido a uma hemorragia. Parece que é tudo a ajudar.
Sempre que penso nisso choro, choro nunca tive tanto medo de morrer como agora, nem quando tive um acidente e ninguém esperava que reagisse bem. Agora até o fantasma desse dia aparece. Já não sei que fazer...
Minha esperança é que nos proximos dias meu marido vai estar de férias e quando ele esta comigo sinto-me melhor como se ele me protegesse embora eu saiba que isso não está nas maos dele...
Já não sei que fazer isto não faz bem a mim nem ao bébé que foi tão desejado e planeado, agora ate medo de depressão pos parto tenho estou a ficar paranoica...
Haverá alguma forma "segura" de mandar estes "fantasmas " embora e poder viver minha gravidez em paz?

Psicologia
jucamamy offline

Boa noite.
Tenho 2 filhos, uma de 18 meses e outro de 5 anos.
Eu e o pai das crianças vamos-nos separar. É uma separação amigável e optamos pela guarda partilhada. A minha dúvida prende-se com qual a melhor altura para contar ao filho mais velho. Sou eu quem vai sair de casa, já em agosto. O menino vai para casa da avo 1 semana para não assistir as mudanças. Estava a pensar contar-lhe quando ele regressar. Mas questiono-me: ele não se vai sentir enganado quando chegar a casa e perceber que fiz as mudanças na ausência dele? Quando falo em mudanças falo em levar algumas coisas lá de casa, inclusive o quarto dele.

Agradeço a sua opinião.
Obrigado
Juca

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