Boa noite,
O meu bébé morreu no dia em que fazia 8 meses. Asfixiou com o vómito na creche e não lhe conseguiram desobstruir as vias respiratórias eficazmente a tempo. Tenho o meu outro bebé para cuidar, o irmão gémeo, e tenho que continuar por ele. Mas todos os dias eu e o pai dos bebés temos momentos de nos irmos abaixo. Como lidar com o luto nesta situação?

Olá,
Gostava muito de lhe poder dar uma solução mágica que fizesse a dor desaparecer…infelizmente a única que existe é o tempo. Só o distanciar da perda poderá fazer com que doa um bocadinho menos até que consiga integrar no seu coração a ideia desta ausência. É preciso chorar muito, zangar-se e entristecer até conseguir encontrar um equilíbrio que lhe permita viver e não ir sobrevivendo.
É preciso uma força sobre-humana para se continuar a andar para a frente após a perda de um filho, principalmente quando tem que funcionar porque existe outra criança a precisar de si. Quando conseguirem, saiam de casa, façam uma viagem, saiam do ambiente em que ocorreu toda esta tragédia. Tentem abrir-se a outras áreas que não a parentalidade para que consigam, de vez em quando, respirar. Façam exercício, caminhadas, foquem-se em hobbies velhos ou novos, ou em estar com as pessoas que lhes querem bem e que possam ser capazes de perceber as vossas necessidades. Durmam. O estarem descansados irá ajudar a ter uma maior clareza de pensamento para lidar com os maus momentos. Vivam o vosso menino que lhes trará ainda tantas alegrias e tantas conquistas. E é muito importante que se oiçam e se apoiem nos vossos medos e desesperos para que também a vossa relação enquanto casal não sofra.
Acima de tudo, não forcem situações para as quais não estão preparados. O velho ditado "é preciso dar tempo ao tempo" é muito real. Cada luto tem o seu tempo e o seu espaço e vocês têm que viver o vosso de acordo com a vossa disponibilidade emocional.
O meu conselho é que fale pessoalmente com um psicólogo para vos dar algum suporte neste momento tão difícil de integrar.
Vão haver momentos bons e menos bons e qualquer dia há-de conseguir focar-se no que realmente é importante…o privilégio de ter conhecido, de ter passado todos aqueles momentos bons com o seu bebé que infelizmente desapareceu tão cedo. E aí encontrar alguma paz nesse canto escuro do seu coração.
Mais perguntas
Bom dia !
Tenho 21 anos e namoro há 1 ano e 9 meses. Ele tem 26 anos.
Descobri há 3 dias que estou grávida de 7 semanas, porém não sei se tenho ou não o bebê. Contei para o meu namorado e ele quer ter, e está tranquilo.
Eu trabalho em loja de shopping na qual se ganha pouco e trabalha muito, inclusive feriados e finais de semana. Ele trabalha como cozinheiro, trabalha-se mais ainda e ganha-se menos ainda.
Não temos casa, carro, móveis, e muito menos condições financeiras para ter esse filho. Não sei o que fazer porque não temos nenhum tipo de condições. Estou desesperada, com medo, triste e não sei o que fazer.
Por causa do horário puxado dos shoppings não sei se conseguirei trabalhar até o final da gestação, e muito menos após ganhar o bebê. Precisarei sair do emprego e ele sozinho não conseguirá manter nós três. Ele ganha muito pouco e não conseguiria nem pagar um aluguel de um apartamento decente pra gente. Nem a prestação de um carro, contas, comida, etc.
Penso que talvez a melhor saída, e mais sensata seria a de um aborto. Sei que a criança é somente um anjinho que não tem culpa de nada, porém a vida já é muito difícil e não quero que venha sem que eu possa dar boas condições de vida à ele.
Bom estou muito em dúvida do que fazer, mas acho que nesse momento devo agir com a razão e não com o coração.
Me ajudem, por favor.
Olá
Recorri aqui ao forum porque preciso mesmo muito de ajuda.
Tenho um lindo menino de 9 meses, que é a luz da minha vida. Nunca foi um bebé chorão nem dificil. Pode-se dizer que é o sonho de qualquer mãe.
O meu problema começou desde há alguns meses para cá. Comecei a sofrer de insónias e a ter ataques de ansiedade (coração a bater a mil). Passei noites em claro e só melhorava ao fim de semana, pois conseguia relaxar um pouco.
Só que o meu problema agravou-se desde há uma semana para cá. Acordo ansiosa, à noite tenho medo de me deitar porque já prevejo que não vou dormir.... Enfim, sinto que estou a desperdiçar a minha vida com estes problemas.
Consultei esta semana uma psiquiatra, que me passou um ansiolitico/antidepressivo e 2 calmantes (um de manhã e outro à noite).
Queria saber se a medicação normalmente demora muito tempo até começar a sentir os efeitos? Tomo Lorazepam 1mg de manhã, o 2.5mg à noite e 50mg de
Setralina.
Agradeço todo o apoio, pois não quero afundar-me mais nisto.
Obrigada,
Gostaria de saber se o facto de ter tido um bebé prematuro nascido ás 35 semanas (1 mês internado a aprender a comer sozinho sem sonda), com 2 internamentos aos 2 meses por engasgamento, e por excesso de proteção que teve posteriormente, poderá de alguma forma levar a atrasos no desenvolvimento. Tem 15 meses, só agora está a começar a dar os primeiros passos, apenas diz mamã e papá mas sem intenção, balbucia muito, palavras de 3 silabas imensas.. mas parece-me pouco desenvolvimdo cognitivamente. esteve sempre com a avó em que o estímulo nunca foi muito porque ela é meio doente. entrou na escola esta semana. Isto poder ser um motivo para este atraso cognitivo? Já fui a 2 médicos que desvalorizaram e acharam que é falta de estímulo, mas continuo preocupada e com muitas duvidas.
Obrigada
Boa tarde,
Sou mamã de uma princesa linda de 4 anos... tenho 27. Nos primeiros dois anos como me separei mal ela nasceu e tive que lutar para lhe dar o que ela precisava sozinha nunca tive muito tempo para pensar se estaria a ter algum problema psicologico ou não, o instinto de sobrevivência falou mais alto, acho. Mas depois do seu 3º aniversário tudo mudou. Adicionando coisas da vida que me correram bastante mal, acho que comecei a sentir a minha cabeça a abrandar de uma forma assustadora. Tenho muita consciência do meu eu interior e por isso é que sinto que algo não está bem. Comecei a não me importar. Há dias que não quero sequer sair da cama e que se não fosse a minha mãe a cuidar da pequena.. irrito me e choro facilmente. Sinto me derrotada, sem vontade de mexer um dedo, chego a não sentir nada e a pensar que o melhor seria entregá-la ao pai e que seria melhor para ela. Não tenho muito apoio nesta questão, a minha mãe e irmã não compreendem e julgam, eu também não consigo explicar.. só queria estar bem, normal, olho para trás e não encontro em mim aquela mulher que lutou pela filha e para lhe poder dar o que precisava sem nunca baixar os braços. Isto pode ser depressão pós parto de uma forma tardia?
Obrigada
Bom dia.
Antes de mais quero agradecer a todas a pessoas que fazem com que este site seja possível, desde as actualizações constante até ao psicólogos que nesta altura da crise se disponibilizam para ajudar de forma gratuita.
Um muito obrigado a todos.
Tenho 23 anos, sou casada, estou grávida e não podia estar mais feliz, mas o problema é que o meu marido recebe o ordenado minimo e eu estou pelo fundo de desemprego a receber 380 euros.
Acho que está bem visível o drama psicológico que enfrento.
O aborto está fora de questão, pode ser inconsciente da minha parte não o querer fazer visto que a situação não é a mais propícia, mas a partir do momento em que sentimos o corpo a mudar já sabemos o "peso" que têm um feijãozinho no nosso coração.
Sinceramente nem quero fazer nenhuma pergunta apenas tive a necessidade de desabafar com alguém que não me conhecesse e que tivesse a coragem de me dizer de verdade o que eu vou ter de enfrentar.
Obrigada .
Olá!
A minha história é longa, mas eu vou diminui-la ao máximo que conseguir…
Sou mãe de um casal com 5 e 3 anos. Quando me separei do pai deles o rapaz, que é o mais novo, tinha 15 dias e a Lara 2 anos.
Durante o que se seguiu, ele sempre foi um pai presente. Estava quando queria com eles, pagava a pensão, etc. Entretanto, de um dia para o outro, foi embora para a terra dele e nunca mais o vimos. Ainda ligou umas vezes mas agora já se passaram 2 anos e nem uma notícia.
Já recebo o fundo de garantia de menores, mas nem o tribunal o conseguiu encontrar.
A minha preocupação são os meus filhos... A mais velha, por mais tempo que passe, não o esquece e pergunta sempre por ele e eu lá encerro a conversa a dizer que ele está longe na casa da avó, mas o menino vai este ano para o colégio e eu não sei como vou reagir sobre este assunto. Ele nem sabe o que é um pai... Não se lembra dele, já que tinha meses quando se foi embora.
Daqui a nada começa com os ‘porquês’ como a irmã...
O que lhe vou dizer? O que é mais indicado dizer aos dois?
Desde já, muito obrigada!