Tantas alterações, será apenas da gravidez? | Page 6 | De Mãe para Mãe

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Tantas alterações, será apenas da gravidez?

Ter, 16/02/2016 - 14:50
Psicologia
offline

Boa tarde.
Tenho 26 anos e estou na minha primeira gravidez.
Não sei bem como expor a situação pois é uma série de coisas e sinto-me doida.
Sempre fui uma pessoa muito ansiosa e sofro de ataques de pânico. Já fiz medicação algumas vezes, já fiz psicoterapia e já fiz sessões num grupo de pânico. A juntar a isto o meu estado de espírito sempre foi um pouco depressivo e no ano passado fiz cerca de 5 meses a fluoxetina 20mg.
Estou casada há 7 meses, e desde que casei que muitas coisas mudaram na relação. Surgiram as rotinas, deixou de haver "loucura", o meu apetite sexual começou a baixar etc. Entretanto em Dezembro engravidei e estou de 12 semanas. Apesar de ter sido planeado, pois deixei de tomar a pílula por vontade própria (parei a pílula e também a fluoxetina, sem desmame), assim que deixei engravidei logo e acabou por ser um choque. Fiquei feliz quando soube e o pai também mas o que é certo é que não tenho sabido lidar bem com a gravidez. Tenho muitos enjoos, azia, pernas cansadas, dores na coluna e tudo isto (que eu sei que é normal) não me deixa estar bem com nada, já para não falar de todas as alterações hormonais (choro constante, borbulhas na cara) e das insónias e pesadelos que tenho todas as noites. E isto também deve estar associado ao meu estado depressivo que já tinha.. não sei.
A tudo isto juntou-se a minha relutância de ser tocada, os abraços, beijos e intimidade com o meu marido tem estado fora de questão. Toda esta salgalhada de sentimentos negativos psicológicos e físicos esta a prejudicar o meu casamento. Ele está desmotivado e eu não consigo sorrir com nada. Coloco tudo em questão. Penso que isto é uma dádiva pois tanta gente quer engravidar e não consegue mas eu por vezes dou por mim a pensar que foi um erro. Não quero que ninguém me diga nada, não quero que toquem na minha barriga, não tenho vontade de estar com as pessoas, nem sequer telefonar. Só quero estar isolada de tudo e todos e que ninguém me incomode. Estou a prejudicar tudo à minha volta: trabalho, casamento, família e amigos.
Sinto-me doente mentalmente e não sei o que fazer.
Obrigada por ler este desabafo.

Joana Prudêncio

Bom dia,

Obrigada nós pela confiança que depositou no "de Mãe para Mãe", pela coragem em se "despir" perante esta nossa comunidade. Em primeiro lugar, quero que perceba que não está sozinha nesse turbilhão de sentimentos, nessa ambivalência de emoções e sensações. A gravidez não é, na grande maioria das vezes, aquele momento perfeito de felicidade, o tal estado de graça como é muitas vezes descrito. E eu sei que não ajuda, mas o que está a sentir é normal, estando no entanto tudo exacerbado pelos tais sentimentos negativos.
Em relação ao que descreve, parece-me que continua o seu processo depressivo e que a gravidez, e as mudanças hormonais, emocionais, e todas as outras vieram agravar a sua sintomatologia. Há que pensar se não estará na altura de voltar a procurar apoio médico. Há medicação que é compatível com a gravidez se houver essa necessidade. Procure um psicólogo que trabalhe consigo essas suas questões e fragilidades, que a ajude a olhar para dentro de si para que possa encontrar as suas forças, que acredito que agora lhe pareçam tão distantes...
Olhe para a sua família, para o seu marido. Conversem, partilhem o que cada um sente e tentem perceber que caminho tomar no sentido de tentarem resolver o que não está tão bem.
Tente pensar que apesar de todo esse sentimento de incapacidade, de todas essas alterações à sua vida e às suas rotinas, daqui a pouco vai ter um ser pequenino nos braços que é seu, que vai amá-la sem questionar, que lhe vai trazer momentos únicos de alegria. E aí, tudo o que parece tão negro vai dispersar e trazer um novo futuro cheio de luz e promessas de uma vida feliz!
Felicidades!!!

Mais perguntas

Sex, 09/10/2015 - 22:08
Psicologia
RaquelC02 offline

Boa noite.
Tenho 17 anos e estou grávida de 6 meses, descobri a minha gravidez às 20 semanas por causa de uma infecção no rim (já tinha feito 2 testes que deram negativos e descobri na eco do rim). Eu sempre fui bastante magra, tenho 1.69 de altura e pesava 53 kilos enquanto que o ideal era 62 e quando descobri a gravidez e comecei a alimentar-me bem para o bebé ter um bom desenvolvimento na última eco ele tinha 469 gramas, agora peso 64 kilos e a minha mãe a minha sogra e o meu namorado estão sempre a dizer que estou a ficar gorda que não posso comer tanto etc. Já tive problemas com a alimentação por isso era tão magra e tenho medo que aqueles comentários me façam voltar a deixar de comer. Como resolvo esta situação?

Sáb, 10/10/2015 - 09:11
Psicologia
offline

Bom dia
Tenho 44 anos e meteu-se-me na cabeça voltar a ser mãe...
O meu marido diz que não estou bem da cabeça, que vamos parecer os avós da criança em vez dos pais, além de que tem muito medo que me aconteça alguma coisa ou que a criança nasça com algum problema, devido à nossa idade...se fosse o primeiro filho ele arriscava, mas agora já é pai e tem muito medo de arriscar. Eu até lhe dou razão e se isto fosse uma coisa racional estava resolvida a questão...
Mas a verdade é que não consigo pensar noutra coisa...nem me consigo concentrar em mais nada a não ser dar um mano(a) à minha filhota, que também já nasceu tarde (tinha eu 39 anos).
Estarei a ficar maluquinha?
Parecer a avó não me preocupa, pois toda a gente fica de queixo caído quando digo a minha idade...talvez por isso eu oiça tantas vezes: -"Não pensa em dar um maninho à menina? era bom para ela."
Normalmente sou bastante racional e ponderada...esta é a primeira vez que a minha cabeça está completamente em desacordo com aquilo que eu sinto...até tenho crises de choro!
Será este um problema psicológico comum em mulheres da minha idade ou é mesmo desequilíbrio da minha parte?
Desculpe lá o desabafo...mas nunca antes tinha consultado um psicólogo "on-line" ou "sem-line".
Obrigado por me "ouvir" e se me puder ajudar agradeço imenso.
Até breve
Maria

Sex, 25/09/2015 - 21:02
Psicologia
Teresaterroa offline

Boa noite sou nova aqui, mas desde já dou os parabéns pelo vosso site. Confesso que nunca me passou pela cabeça interagir no site, mas a vida proporcionou-me isso.
Tenho uma menina de três anos que é o meu tesouro. O pai dela não quer saber dela e ela só pode contar comigo, com a madrinha e com o padrasto dela (com a mana mais nova ainda não pode contar muito).
A madrinha dela ajuda-me em tudo e mais alguma coisa, foi ela quem me apoiou durante toda a gravidez e me deu um tecto onde morar...só que a relação dela comigo é demasiado controladora...Ela é que manda na minha vida, dá palpites, toma decisões e quando não está contente deita-me abaixo, trata-me como se eu fosse um objecto.
A menina ela trata como se fosse filha dela e dá-lhe tudo e a menina costuma ir passar dias a casa dela quando me pede, mas a minha filha está a perder o respeito por mim e pelo padrasto. Ela está a comprar o amor da criança com doces e passeios fazendo com que a menina nem queira vir para casa ter connosco. Estou a chegar ao meu limite. Estou a perder a minha filha. O que faço? Ajudem-me pf.

Seg, 28/09/2015 - 20:30
Psicologia
MOliveira offline

Boa noite!
Tenho uma menina de 6 anos que esta a ser acompanhada em pedopsiquiatria.
Tem crises de ansiedade e alguns momento chegam ao ataque de pânico..é complicado viver com isto...A medica nesta ultima consulta receitou sertalina (zoloft), estou com uma dúvida, a bula diz que tenho de diluir....pode por favor dar uma ajuda?
Tenho consulta na próxima 6 feira, mas ate lá não queria fazer "asneira".
Obrigada

Qui, 17/09/2015 - 21:24
Psicologia
offline

Tenho 18 anos e no dia 1 de Novembro vou ter o meu filho. O pai da criança ainda não sabe porque ele anda metido em maus caminhos. Acha que devo dizer-lhe?

Psicologia
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Bom dia. Antes de mais quero felicitar-vos pelo site, mais que 5*! É tão bom termos alguma dúvida, medo, ou alegria e podermos vir aqui partilhar tudo e trocar ideias. Sorriso
Passando à minha questão, o que se passa é que desde do Verão do ano passado, devido a um assunto familiar, comecei a ter ataques de pânico. Sempre fui uma pessoa muito ansiosa, mas após o que se sucedeu (em que pensei que iria perder um familiar) comecei a ter bastantes enjoos, vómitos, diarreia, enfim, sentia-me mesmo bastante mal. Fui a um monte de médicos, estive uma data de tempo de baixa, e nada. Até que um me disse que era tudo sistema nervoso - ataques de pânico - e apenas me receitou antidepressivos e ansioliticos. Como nunca os quis tomar procurei um psicólogo e comecei a fazer terapia uma vez por semana, isso durou até final de 2014, mas também pouco ou nada ajudou, ajudou sim a ficar um pouco mal a nível financeiro. Após ver que já não estava a aguentar mais esta situação ele perguntou-me se estaria disposta a ir a um psiquiatra de forma a poder obter alguma medicação que me ajudasse a superar isto, aceitei mas após saber o preço de uma consulta de psiquiatria optei por ir ao meu médico de família, levei a análise psicológica e o meu médico, que diga-se foi o melhor médico que encontrei até hoje, e me receitou uma dose muito baixa, acho que mais psicológica não sei, para acalmar os meus sintomas: 2.5ml de fluoxetina ao peq. almoço com 1/4 de Victan, mais 1/4 de victan ao jantar. Ou seja, nem um comprimido chegava a tomar por dia, e a verdade é que os sintomas desapareceram e comecei a conseguir levar a minha vida super bem novamente. Antes de recorrer ao meu médico já tinha decidido que iria deixar o psicólogo, pois esse encargo financeiro estava a tornar-se insuportável, e não consegui ver melhoras: quando parecia que iríamos chegar a algum lado ele sempre "encontrava" algo para voltarmos para trás... Enfim.... O meu médico receitou-me esse tratamento durante 3 meses, após isso fiz um mês de desmame, que correu muito bem, mas uma semana após parar o desmame comecei com enjoos novamente e um medo enorme de voltar a entrar de baixa e não conseguir fazer o meu trabalho... E lá voltei a ele. Como trabalho bastante de março a novembro, praticamente sem folgas e bastantes horas ao dia, ele me disse que não seria a altura indicada para deixar a medicação, e que voltaríamos a tentar novamente em outubro. O que se passou entretanto é que engravidei, e neste momento estou grávida de +-5 semanas. Mal soube que estava grávida, há mais ou menos 2 semanas, deixei logo a medicação, assim, de um dia para o outro e sem desmame. Fui logo falar com o meu médico, inicialmente ele disse que iríamos começar o desmame, mas eu disse-lhe que nesse dia já não tinha tomado a medicação, perguntou-me como me sentia, ao que respondi com a verdade "Óptima!" e ele disse que assim iríamos tentar deixar já a medicação, e depois logo se via (apesar de que se continuasse não seria muito grave pois a placenta tinha uma enorme capacidade de não deixar passar a medicação para o bebé... ?!). Começou tudo bem, mas agora, que vai fazer 2 semanas 2ª feira que estou sem tomar medicação, comecei a estar bastante enjoada... Falei com ele mas ele disse-me que era um enjoo bom: ou seja, da gravidez. Acalmei, mas ontem à noite parece que o pânico e ansiedade iam-se instalar. Só me apetecia vomitar, mas não o fiz, e o estômago doía-me bastante (algo muito habitual no inicio e no decorrer dos meus ataques de pânico anteriores). Tentei acalmar e dormi. Mas hoje acordei e não me sinto nada bem: estou super enjoada, só me apetece vomitar, e às vezes sinto um friozinho, ora um calor, e só me apetece chorar com medo que tudo volte novamente e que tenha que tomar medicação e que esta faça mal ao meu bebé. Depois deste testamento, que peço desculpa, queria a vossa opinião, se isto será meramente psicológico, da gravidez, ou a ansiedade e o pânico a instalarem-se novamente? Não deveria ter deixado assim a medicação, seria mais benéfico a tomar ou faria mal ao meu bebé? Ou a dose era tão pouca que não iria fazer estes sintomas que tenho?! Tenho consulta com o meu GO 4ª feira mas entretanto não sei o que fazer... Tenho medo que a ansiedade se instale mesmo e que faça mal ao meu bebé.... Desde já agradeço imenso a atenção, e mais uma vez peço desculpa por este testamento... Obrigada!