6 anos e as amizades | De Mãe para Mãe

6 anos e as amizades

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DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Olá,
como orientam os vossos filhos com as amizades? Valorizam as "queixas"?
A minha filha está numa turma de 24 alunos mas apenas 8 meninas, dessas 8, apenas ela e mais duas não pertencem a um grupo de dança, e noto uma espécie de segregação quanto a isso... Ela queixa-se de que há duas que nas brincadeiras são sempre as professoras de dança e as outras, as alunas. A minha filha não concorda, acha que deviam fazer esse papel à vez, mas como mais ninguém se insurge ela acaba muitas vezes por passar o intervalo "sozinha"... O que eu fiz foi esclarecer que se ela não convence mais ninguém a juntar-se a ela, ou brinca contrafeita ou não brinca com elas e procura alternativas. Maaas, as alternativas também são poucas, brincar com os meninos na cabeça dela, nem pensar. Outras possíveis meninas, são dos anos seguintes e não brincam com as mais pequenas...
Fico com o coração apertado cada vez que ela diz que não brincou com ninguém, valido os sentimentos dela mas não consigo fazer muito mais... Ela tem levado cartas pokemon e essas tralhas e de algum modo vai interagindo com mais crianças para trocar e tal, mas volta e meia lá vem essa "queixa". Hoje ao deixa-la depois de almoço, como tinha o carro estacionado numa zona propícia consegui não arrancar logo e ver como foi a sua chegada ao recreio... Andou basicamente ali a cirandar sem grande rumo...
Como é convosco? Acham que é uma idade em que ainda nada disto tem grande impacto?... Ou já é algo que vos preocuparia?
O meu marido desvaloriza... Diz que temos é de estar orgulhosos de ela ter autonomia de não aceitar fazer o que os pares lhe mandam, e que já todos em momentos na infância nos sentimos excluídos, que é normal e haverá dias de tudo.

Anuski -
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Desde 24 Fev 2024

Acho que o seu marido tem razão, por outro lado entristece-me saber que isso de ir atrás dos outros e não ter vós própria para mudar começa cedo!

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Anuski escreveu:
Acho que o seu marido tem razão, por outro lado entristece-me saber que isso de ir atrás dos outros e não ter vós própria para mudar começa cedo!

É verdade, começa mesmo. Porque sejamos honestas não é normal as meninas acatarem nunca terem vez para "liderar" a dança... Mas aqui o que faz isto ser mais acentuado é serem pouquinhas meninas.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Isto com as meninas é sempre assim durante todos os anos de escola 🤦
A minha também tem dessas coisas, as que mandam e são professoras e dão notas e blá, blá, depois só se brinca com uma amiga e há amigas "ocupadas já com outras amigas"... é sempre um stress.
Acho que a preocupação vai existindo sempre, mas como os recreios da escola pública não são orientados não há muito que se possa fazer.
Acho bom ela ter essa capacidade de se orientar sozinha se não gosta de uma brincadeira.
O impacto é o mesmo que vai ter sempre, as meninas andam nesse ciclo o tempo todo. Daqui a nada virá e deixam de fora as que não gosta de correr. É dar-lhes ferramentas para irem lidando, porque as escolas não colocam ninguém a orientar e gerir os recreios.

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Sim, a primeira reação é positiva pelo facto de que ela não se deixa levar a fazer fretes para agradar... Mas depois custa imagina-la sozinha. E hoje custou vê-la deambular sozinha lá no meio ...
E depois ainda a incerteza de se devo perguntar sempre como foi, ou se iss só valoriza o assunto e devo deixar que seja ela a queixar-se.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Mas não é necessariamente mau. Ela está mal? Não gosta? Queria estar com alguém que não quer estar com ela?
Muitas vezes as crianças estão ótimas, gostam, ocupam-se e somos mais nós a não saber lidar com esse estado solitário.
Eu fui essa criança que me dava lindamente uns momentos sozinha, que me entretia, que tanto fazia amigos, como gostava de brincar comigo nas minhas ideias e há imensas crianças que são assim. Sente-se sozinha e sem amigos ou está bem?

DianaES escreveu:
Sim, a primeira reação é positiva pelo facto de que ela não se deixa levar a fazer fretes para agradar... Mas depois custa imagina-la sozinha. E hoje custou vê-la deambular sozinha lá no meio ...
E depois ainda a incerteza de se devo perguntar sempre como foi, ou se iss só valoriza o assunto e devo deixar que seja ela a queixar-se.

MarianaRodrigues92 -
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Desde 08 Jan 2021

Ola. Eu tenho uma opinião um pouco contrária no sentido de não desvalorizar.
Eu fui um bocado como a sua filha e fui sendo sempre colocada de parte..brincava muito sozinha, andava muito sozinha na escola, sem rumo mesmo..chegava à escola e deixei de ir ter com as crianças da minha sala porque me ignoravam..e isto teve impacto na minha vida e na minha personalidade.
Não digo que seja assim com toda a gente mas comigo aconteceu.
Eu tentava perceber se é apenas não se identificar com as colegas, ou não gostar de algumas brincadeiras ou se já não é a menina que por alguma razão está a tentar afastar-se dos colegas.
Eu era uma criança muito tímida, muito envergonhada, com muita dificuldade em interagir com outras crianças.
Não sei como é a sua filha mas vá estando atenta mas com calma.
Imagino que custe bastante ver um filho "sozinho"

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

Eu não desvalorizo.
Porque é algo que les dói. Que lhes custa. Imaginemos esse tipo de situação acontecer a nós mesmo no nosso meio laboral, ou no nosso grupo de amigos. Não é agradável. No entanto, nós temos capacidade - sobretudo mental - para dar a volta, para compreender.
Uma criança pequena, seja qual for a idade, nao compreende.
No entanto, e apesar de o meu coração disparar cada vez que ouço essas queixas, é tentar chegar a algum consenço, soluçao ou razao. Que os acalme a eles/elas e a nós.
É super positivo que eles arranjem solução, mas nao vao arranjar sempre. Regra geral os miudos são "mauzinhos".
O que eu faço quando vejo que estao a ser queixas em demasia, é contactar com o professor e perguntar o que se passa. Se é mesmo assim como eles contam.
Os recreios devem ser vigilados e quem vigia deve fazer por que nao hajam crianças sozinhas.

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

De qualquer modo eu nao tenho muitas queixas da parte da Gabriela.
Acho que sao as "zangas" normais. Até porque depois vejo que se adoram todas.
Já do meu filho sim, mas devem-se a outros temas que atualizarei outro dia, e nesse caso, como disse, falo muito com o professor.
Para saber o que se passa realmente e me acalmar a mim.

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

A minha filha é sociável, e faz amigas com facilidade. Ela se quisesse, as meninas deixavam brincar, mas ela é que não quer brincar nesses termos, de ser sempre a aluna e nunca liderar... E digamos por exemplo que hoje e amanhã até alinha, mas depois no dia seguinte já não... E algumas vezes lá brinca com outras das que também se vão fartando de ser sempre mais do mesmo... Mas volta e meia queixa-se. E às vezes nem se queixa mas pergunto e diz que não brincou, que só andou lá, e ontem vi o que era andar lá... Mas não acho que no momento isso a afete muito, o meu receio é que seja um padrão que se vá acentuando com a idade e de facto as meninas são muito assim, dor grupinhos, tenho medo que a excluam. Eu lembro-me de uma vez ou outra me ter acontecido na primária, mas depois sempre estive muito bem inserida, não sei o que é sofrer com isso...
Cada vez mais pondero o ensino privado. Sempre andei no público e não tenho do que me queixar, a minha filha anda no público desde a pré e a minha ideia é de ir dando o benefício da dúvida e enquanto cumprir, não vejo necessidade de investir dinheiro em algo que posso ter gratuitamente, mas vou vendo estas coisas e acho que não deixam de ser falhas da escola... Os intervalos juntam quase 200 alunos de 8 turmas, não devem ter controlo nenhum, muito menos em coisas mais subtis como estas...

Borboleta Polly -
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Desde 22 Set 2014

Tenho do mesmo em casa, a minha filha faz outro desporto e já lhe cheguei a perguntar se queria trocar pois ainda estava na idade disso. Não quer, adora o que faz, então comecei a falar com ela para não se sentir "menos" nessas situações, se tiver confortável brinca, se não tiver que procure outros pares, que leve sempre alguma coisa com ela (caderninhos e canetas que adora) e que acima de tudo quando perceber que está a ficar "zangada" com essas situações que se retire. Ela tem sempre uma caixinha onde combinamos que quando se sentir assim que "despeje" esses sentimentos/emoções lá dentro e depois em casa abre e falamos sobre isso, que é melhor fazer isso do que descambe. Nem sempre resulta, por vezes lá acontecem as zangas e nesses dias falamos sobre como essas zangas também são normais, o importante é aprender a lidar, pois toda a vida vai ter situações que gosta menos e vai ter de aprender a lidar.
É desvalorizar, não desvalorizando

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Eu acho que ela está bem. Acho que foi o que entendi de início, não creio que seja algo que traga algum dano, porque ela não está a ser, nem se sente excluída, mas com pena de não ter alguém na onda dela para brincar. Não melhora muito, mas aprenderá a gerir, os momentos que quer entrar no grupo e os que não quer. Era o meu estilo e ainda sou, ora embarco na onda do grupo, ora vou à minha vidinha, fazer o que me apetece, tranquilissimo com isso. A minha filha passou por uma fase dessas no pré escolar (o grupo das meninas da dança a quererem mandar) e conseguiu lidar bem.
A minha filha foi para o privado exatamente por causa dos recreios, ela foi para um sítio onde os recreios têm um tempo de gestão por parte de uma psicóloga. No entanto, digo-te já que é raríssimo e que por norma até são piores, se for um estilo de privado a puxar às notas e aos "meninos da alta sociedade" é muito pior do que no público. Aí, sim, a tendência à exclusão é muito superior. Se for essa opção, procura bem, bem, bem e com olhos de ver.

DianaES escreveu:
A minha filha é sociável, e faz amigas com facilidade. Ela se quisesse, as meninas deixavam brincar, mas ela é que não quer brincar nesses termos, de ser sempre a aluna e nunca liderar... E digamos por exemplo que hoje e amanhã até alinha, mas depois no dia seguinte já não... E algumas vezes lá brinca com outras das que também se vão fartando de ser sempre mais do mesmo... Mas volta e meia queixa-se. E às vezes nem se queixa mas pergunto e diz que não brincou, que só andou lá, e ontem vi o que era andar lá... Mas não acho que no momento isso a afete muito, o meu receio é que seja um padrão que se vá acentuando com a idade e de facto as meninas são muito assim, dor grupinhos, tenho medo que a excluam. Eu lembro-me de uma vez ou outra me ter acontecido na primária, mas depois sempre estive muito bem inserida, não sei o que é sofrer com isso...
Cada vez mais pondero o ensino privado. Sempre andei no público e não tenho do que me queixar, a minha filha anda no público desde a pré e a minha ideia é de ir dando o benefício da dúvida e enquanto cumprir, não vejo necessidade de investir dinheiro em algo que posso ter gratuitamente, mas vou vendo estas coisas e acho que não deixam de ser falhas da escola... Os intervalos juntam quase 200 alunos de 8 turmas, não devem ter controlo nenhum, muito menos em coisas mais subtis como estas...

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

MisaL escreveu:
Eu acho que ela está bem. Acho que foi o que entendi de início, não creio que seja algo que traga algum dano, porque ela não está a ser, nem se sente excluída, mas com pena de não ter alguém na onda dela para brincar. Não melhora muito, mas aprenderá a gerir, os momentos que quer entrar no grupo e os que não quer. Era o meu estilo e ainda sou, ora embarco na onda do grupo, ora vou à minha vidinha, fazer o que me apetece, tranquilissimo com isso. A minha filha passou por uma fase dessas no pré escolar (o grupo das meninas da dança a quererem mandar) e conseguiu lidar bem.
A minha filha foi para o privado exatamente por causa dos recreios, ela foi para um sítio onde os recreios têm um tempo de gestão por parte de uma psicóloga. No entanto, digo-te já que é raríssimo e que por norma até são piores, se for um estilo de privado a puxar às notas e aos "meninos da alta sociedade" é muito pior do que no público. Aí, sim, a tendência à exclusão é muito superior. Se for essa opção, procura bem, bem, bem e com olhos de ver.

DianaES escreveu:A minha filha é sociável, e faz amigas com facilidade. Ela se quisesse, as meninas deixavam brincar, mas ela é que não quer brincar nesses termos, de ser sempre a aluna e nunca liderar... E digamos por exemplo que hoje e amanhã até alinha, mas depois no dia seguinte já não... E algumas vezes lá brinca com outras das que também se vão fartando de ser sempre mais do mesmo... Mas volta e meia queixa-se. E às vezes nem se queixa mas pergunto e diz que não brincou, que só andou lá, e ontem vi o que era andar lá... Mas não acho que no momento isso a afete muito, o meu receio é que seja um padrão que se vá acentuando com a idade e de facto as meninas são muito assim, dor grupinhos, tenho medo que a excluam. Eu lembro-me de uma vez ou outra me ter acontecido na primária, mas depois sempre estive muito bem inserida, não sei o que é sofrer com isso...
Cada vez mais pondero o ensino privado. Sempre andei no público e não tenho do que me queixar, a minha filha anda no público desde a pré e a minha ideia é de ir dando o benefício da dúvida e enquanto cumprir, não vejo necessidade de investir dinheiro em algo que posso ter gratuitamente, mas vou vendo estas coisas e acho que não deixam de ser falhas da escola... Os intervalos juntam quase 200 alunos de 8 turmas, não devem ter controlo nenhum, muito menos em coisas mais subtis como estas...


O privado que tenho debaixo de olho parece muito jeitosa no que diz respeito à inclusão, pelo menos hasteiam essa bandeira, e conheço muitas crianças (pais) que lá andam, não me parece elitista. Maaaaas assusta-me um pouco a pressão das notas, vejo que nesses casos os rankings contam. A minha filha é boa aluna, mas entrou condicional (levei em conta a opinião da educadora e já me arrependi...) e se não fosse a falta de maturidade e incapacidade de concentração por períodos mais longos, acredito que seria excelente... Acredito que se estudasse numa escola dessa puxariam mais por ela por ter potencial, mas não concordo nem faço isso. Ajudo com coisas que vejo que estão a custar mais a entrar tipo o ge gi e je ji, mas sem a obrigar a nada. Já traz todos os dias TPC, não vou ainda massacra-la mais. Até porque notas excelentes não significam felicidade nem sucesso profissional, nem nada disso. Que vá cumprindo o seu dever razoavelmente proporcionalmente à sua idade, e descobrindo o que gosta de fazer, que isso sim é meio caminho andado para ser feliz nesta vida.

MisaL -
Online
Desde 17 Abr 2019

Não era tanto pela pressão das notas, mas quem está interessado em obter os melhores resultados e ter os alunos nos rankings não estão muito preocupados com essas questões emocionais e com os recreios. É uma questão de pedires reunião e ires lá conhecer, dar uma volta no espaço, sentir o ambiente.
Quanto às notas, nesta idade o importante é não ficarem com lacunas nas aprendizagens dos conteúdos e adquirirem ferramentas sociais e emocionais. Um dia mais tarde têm lá tudo para o caso de quererem aplicarem-se mais um pouco e lutarem pela notas, a continuarem assim só precisam no secundário. Cada vez menos vão ter relevância as notas, o sucesso vai ser feito pelas experiências de vida, pelas soft skills que adquiriram.

DianaES escreveu:

MisaL escreveu:Eu acho que ela está bem. Acho que foi o que entendi de início, não creio que seja algo que traga algum dano, porque ela não está a ser, nem se sente excluída, mas com pena de não ter alguém na onda dela para brincar. Não melhora muito, mas aprenderá a gerir, os momentos que quer entrar no grupo e os que não quer. Era o meu estilo e ainda sou, ora embarco na onda do grupo, ora vou à minha vidinha, fazer o que me apetece, tranquilissimo com isso. A minha filha passou por uma fase dessas no pré escolar (o grupo das meninas da dança a quererem mandar) e conseguiu lidar bem.
A minha filha foi para o privado exatamente por causa dos recreios, ela foi para um sítio onde os recreios têm um tempo de gestão por parte de uma psicóloga. No entanto, digo-te já que é raríssimo e que por norma até são piores, se for um estilo de privado a puxar às notas e aos "meninos da alta sociedade" é muito pior do que no público. Aí, sim, a tendência à exclusão é muito superior. Se for essa opção, procura bem, bem, bem e com olhos de ver.

DianaES escreveu:A minha filha é sociável, e faz amigas com facilidade. Ela se quisesse, as meninas deixavam brincar, mas ela é que não quer brincar nesses termos, de ser sempre a aluna e nunca liderar... E digamos por exemplo que hoje e amanhã até alinha, mas depois no dia seguinte já não... E algumas vezes lá brinca com outras das que também se vão fartando de ser sempre mais do mesmo... Mas volta e meia queixa-se. E às vezes nem se queixa mas pergunto e diz que não brincou, que só andou lá, e ontem vi o que era andar lá... Mas não acho que no momento isso a afete muito, o meu receio é que seja um padrão que se vá acentuando com a idade e de facto as meninas são muito assim, dor grupinhos, tenho medo que a excluam. Eu lembro-me de uma vez ou outra me ter acontecido na primária, mas depois sempre estive muito bem inserida, não sei o que é sofrer com isso...
Cada vez mais pondero o ensino privado. Sempre andei no público e não tenho do que me queixar, a minha filha anda no público desde a pré e a minha ideia é de ir dando o benefício da dúvida e enquanto cumprir, não vejo necessidade de investir dinheiro em algo que posso ter gratuitamente, mas vou vendo estas coisas e acho que não deixam de ser falhas da escola... Os intervalos juntam quase 200 alunos de 8 turmas, não devem ter controlo nenhum, muito menos em coisas mais subtis como estas...

O privado que tenho debaixo de olho parece muito jeitosa no que diz respeito à inclusão, pelo menos hasteiam essa bandeira, e conheço muitas crianças (pais) que lá andam, não me parece elitista. Maaaaas assusta-me um pouco a pressão das notas, vejo que nesses casos os rankings contam. A minha filha é boa aluna, mas entrou condicional (levei em conta a opinião da educadora e já me arrependi...) e se não fosse a falta de maturidade e incapacidade de concentração por períodos mais longos, acredito que seria excelente... Acredito que se estudasse numa escola dessa puxariam mais por ela por ter potencial, mas não concordo nem faço isso. Ajudo com coisas que vejo que estão a custar mais a entrar tipo o ge gi e je ji, mas sem a obrigar a nada. Já traz todos os dias TPC, não vou ainda massacra-la mais. Até porque notas excelentes não significam felicidade nem sucesso profissional, nem nada disso. Que vá cumprindo o seu dever razoavelmente proporcionalmente à sua idade, e descobrindo o que gosta de fazer, que isso sim é meio caminho andado para ser feliz nesta vida.

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

DianaES escreveu:
A minha filha é sociável, e faz amigas com facilidade. Ela se quisesse, as meninas deixavam brincar, mas ela é que não quer brincar nesses termos, de ser sempre a aluna e nunca liderar... E digamos por exemplo que hoje e amanhã até alinha, mas depois no dia seguinte já não... E algumas vezes lá brinca com outras das que também se vão fartando de ser sempre mais do mesmo... Mas volta e meia queixa-se. E às vezes nem se queixa mas pergunto e diz que não brincou, que só andou lá, e ontem vi o que era andar lá... Mas não acho que no momento isso a afete muito, o meu receio é que seja um padrão que se vá acentuando com a idade e de facto as meninas são muito assim, dor grupinhos, tenho medo que a excluam. Eu lembro-me de uma vez ou outra me ter acontecido na primária, mas depois sempre estive muito bem inserida, não sei o que é sofrer com isso...
Cada vez mais pondero o ensino privado. Sempre andei no público e não tenho do que me queixar, a minha filha anda no público desde a pré e a minha ideia é de ir dando o benefício da dúvida e enquanto cumprir, não vejo necessidade de investir dinheiro em algo que posso ter gratuitamente, mas vou vendo estas coisas e acho que não deixam de ser falhas da escola... Os intervalos juntam quase 200 alunos de 8 turmas, não devem ter controlo nenhum, muito menos em coisas mais subtis como estas...

Eu nao conheço o público (por má experiência do meu filho durante poucas semanas em que o retirei), mas na escola (privada) onde eles andam, têm muitissima atencao a esse tema das integraçoes, de se aceitarem todos uns aos outros com os gostos e as diferenças, os recreios sao todos controlados e nao misturam miudos de níveis dieferentes. As turmas tambem sao pequenas (20-21 alunos).
De qualquer modo eu nao vejo muito mal a situaçao da tua filha.
Pela experiencia que eu tenho entre rapaz e rapariga, acho que isso é mesmo mais das raparigas.
Desde que nao seja demasiado nem a afete, é ir gerindo.
E eu dava um toque na escola, para ver como eles gerem (ou nao) o tema.

BBBB -
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Desde 24 Out 2012

Ola!
Não li os comentários todos, mas compreendo muito bem a situação.
A minha filha mais velha tem agora 11, a caminho dos 12, está no 6° ano. Viveu essa situação exactamente assim no 1° ciclo. Nunca desvalorizei. Sempre validei os sentimentos e conversei com ela. Cheguei a perguntar se queria mudar de escola, pois acho importante que se sintam felizes... e a minha filha vinha muitas vezes da escola a dizer que as amigas a tinham deixado pendurada nos intervalos e tinha ficado sozinha.
A minha filha é muito extrovertida e sociável, pelo que procurou alternativas, mas nunca tinha realmente companhia. Disse algumas vezes, durante esse tempo, que tinha pena de nao ter uma melhor amiga...
O contexto...? Uma turma de 17 rapazes, apenas 5 meninas sendo duas delas muito tóxicas e bullys...
O facto de a minha filha ser muito bem disposta fez com que professora e auxiliares sempre tenham desvalorizado a tristeza e a solidão da minha filha, que era pouco perceptível.
Em casa desabafou muitas vezes.. tudo isto foi durante a pandemia.. resultado, como houve muitos períodos fechados em casa, ela ficava sempre feliz por voltar à escola, e tudo isto foi camuflando o desconforto social que realmente existia.
Hoje está no 6° ano. Mudou de escola no 5°. Tem muitos amigos, muitos mesmo, meninos e meninas.
Ela própria tem noção que teve um 1° ciclo um pouco solitário.
O balanço que faço agora? Deu-lhe ferramentas sociais, desenrascou-se, tem facilidade em procurar companhia... mas sofreu..
Eu nunca desvalorizei e estive sempre muito atenta e a tentar apoiar. E deixei sempre claro que no dia que quisesse mudar de escola estaríamos disponíveis para tentar procurar uma solucao..
Nao tenho um conselho mágico. Deixo apenas a minha solidariedade e acho que deve validar e conversar sobre o assunto.
Tudo depende sempre da criança, do contexto.. etc
Se tudo isto tivesse acontecido com a minha mais nova, acho que a opção seria procurar outra escola.. mas depende das possibilidades, do contexto, etc.
Eu trabalho com crianças e acho que eles têm de aprender a lidar com essas situações. Serão as mesmas, ou muito idênticas, pela vida fora, mas os adultos devem estar por perto... ouvir e ajudar... reconfortar, quando necessário.
Boa sorte!

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