Boa tarde meninas, tenho visto vários post de desabafos e hoje venho trazer o meu. A minha mãe é uma pessoa extremamente controladora, aquela mãe que está sempre em cima, que tem que estar sempre em cima do acontecimento, o que me trouxe graves consequências para a vida adulta em termos de personalidade.
Eu desde sexta feira que estou de férias e ela simplesmente não me pode sentir em casa porque não me dá sossego! Sábado deixei de ir a um almoço de colegas para estar com ela porque fez anos durante a semana, tudo bem. Domingo veio aqui para irmos passear juntas tudo bem também. Ficou combinado de quinta e sexta irmos para a piscina e vamos estar o dia juntos, tudo bem também. Eu esperava ao menos nesses dias entre os nossos planos ter um tempinho pra mim, para estar com o meu filho ao menos mas não. Não tem havido um dia em que ela não queira cá vir para estarmos juntas e ontem não fosse eu estar com uma amiga tinha cá vindo porque na cabeça dela se eu não tiver nada combinado com ninguém não estou a fazer nada sozinha. Faz me lembrar a minha adolescência quando eu estava no meu quarto metida com os meus vídeos, filmes ou livros e ela exigia que eu fosse para o quarto com ela porque não estava ali a fazer nada sozinha. Depois é ligações todos os dias para ver o neto em videochamada como se não o visse há 6 meses, está a tornar-se cansativo! Eu posso não ter nada combinado e simplesmente querer aproveitar o meu filho e o meu marido, ou ver um filmezinho enquanto ele dorme a sesta, ou ir á praia com ele ou não? Como quinta é sexta vamos estar o dia todo juntas esperava este dia para as minhas coisas mas foi só ilusão. Ligou me para cá vir e quando lhe disse que o meu marido queria estar com o filho perguntou-‘me toda indignada se ela impedia em alguma coisa isso. Quando ela está mal deixa os outros tocar na criança! Se alguém pega nele ela põe se atrás a fazer palhaçadas para o miúdo lhe prestar atenção a ela, vou mudar a fralda ao meu filho ela vem atrás! Isto já roça o doentio! Rezo pelo dia em que consigo ter alguma paz 😔
Bem… mas que situação…
Só de ler fiquei agoniada 😣 ainda mais sou uma pessoa que adora estar sozinha e no seu espaco, consigo imaginar como se sente sufocada…
Não tenho nenhuma experiência semelhante felizmente mas, acho que tudo passa por ter de se impor “à séria”, nem que isso implique ficarem chateadas uns dias, depois tudo passa!
Se fosse eu falava com ela em particular e expunha-lhe isso tudo, mas falava de forma firme, dizia que não a queria magoar, que sabia que ela fazia isto por gostar de mim e do neto mas que não podia ser! É adulta e tem o direito de viver a SUA vida, junto do seu marido e do seu filho. Ela tem que perceber que saiu debaixo da asa dela… como costuma dizer o meu pai “os filhos são do Mundo, não são nossos”, acho que falta à sua mãe compreender isto…
Lamento pelo que está a passar, consigo sentir a sua angústia no texto…
Seja firme e tenha força! Mesmo que ela fique magoada, mesmo que abra uma choradeira ou diga disparates, tudo vai passar em pouco tempo e penso que é a sua única solução para tudo isto…
Se sempre foi assim e nunca fez nada, ela não vai mudar porque se lembra de repente. Tem de pensar naquilo que quer e naquilo que é capaz de dizer ou fazer e tomar uma atitude.
Não adianta dizer faça isto ou aquilo se depois não é a sua linha, nem tem coragem para tal...pense naquilo que quer e consegue. Consegue ter uma conversa séria e dizer o que quer? Consegue impor os seus limites e dizer que não quer que apareça? Consegue dizer que não dá, que não vai a casa dela ou que não quer que ela apareça em vez de "tinha outros planos, gostava de fazer isto..."? A atitude tem de partir de si, está do eu lado.
Ligar e/ou fazer videochamadas diárias não acho mal, falo todos os dias com a minha e agora que os meus filhos são maiores também falam e espero que esteja longe o dia em que não vou poder mais fazê-lo, já a invasão de privacidade, o respeito pela vossa vida é diferente. O que tem de fazer é tomar as suas decisões, opções e fazê-lo. Para a sua mãe as suas decisões, têm de ser as suas decisões e não um campo aberto que dá para mudar. Em vez de lhe dizer "ah, hoje se calhar estava a pensar nisto ou naquilo, talvez isto ou aquilo" tem de ser firme dizer "hoje eu vou almoçar fora" e ponto final, sem margem para ela opinar.